quarta-feira, 29 de outubro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Essa sede interminável que gruda minha língua no céu da boca já dura dias.
Teu líquido mal toca minha áurea quem dirá meu corpo inteiro. Não desejo mais
teus lençóis umedecidos de silêncio e dó. A necessidade é de algo que me
embriague por completo, uma fisgada na alma estralando no ritmo dessa ilha
triste. A balada dos náufragos, afogados meio mortos de amor. Seria assim por
todo o sempre, se não fosse por esse impotência de abrir os lábios grudados e
gritar do céu ao mar o repúdio que por ti tenho.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
terça-feira, 26 de agosto de 2008
lampejo de consciência
eu tava em cima de uma pedra com um sorriso ridículo, lacrimejando pelo
vento que como um fio de nilon cortava a imundice acinzentada. cinza pela
fuligem de cada cigarro batido, cada cuspe e a lama daquela aventura rural.
sopro a sopro cavoucava meu sistema e varria as frustrações da noite anterior.
me sentia a Rose. E o Jack? tava bebendo cerveja do outro lado da cidade, hip
hip uha! com coxas masculinas cheias de areia e sono.
sábado, 23 de agosto de 2008
constatações no seio.
subversivos, alterados, drogados oprimidos e por isso opressores. boêmios choramingando ao gotejar melancólico de vinhos baratos em garrafas plásticas reutilizáveis. é essa a minha geração. o resultado de casamentos mal pensados. resultados que residem com suas parideiras repressoras que foram reprimidas por seus pais nazistas. e por isso não podemos culpá-las por hoje sermos homossexuais devassos e neuróticos.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
Crítica de uma sarjeta
Um lenço, uma festa, um amigo. Elementos tradicionais que tornam uma noite comum. Mas que tipo de breu caiu sobre a pitoresca cidade nesta noite? Amores e amigos afundados em sentimentos conturbados, cambaleando em uma margem qualquer.
O amargo da bebida quebrou o doce das relações que anteriormente quicavam em nuvens, dessa vez negras de inveja. Depois de alguns minutos eternos, de afagos e gargalhadas senti que de nada valem os ditos alheios, se os instintos profundos gritam e gritam alto expelindo os atos impulsivos. O preço é caro, e deve ser pago. Mesmo assim firmamos um contrato banhado pelo ácido úrico que escorria, riozinho, entre as lajotas daquela noite.
Quanto ao 'moment danse', permitam-me relatar aqui que não passaram de movimentos ditados pelo duo. Ora ora, já que estamos falando do duo deixemos claro que merecem as felicitações, e infelizmente não o respeito. Porque aqui atos são recíprocos. E reciprocidade é a base das relações.
Pelo menos no mundo em que vivo uma avenca não pode insultar uma rosa. Tão enfeitada e sedosa merece paixão, fortalecendo: eu disse paixão! Não sexo.
Paixão você sabe o que é isso? Calando-me baixinho até confesso que talvez nem eu saiba, mas ao menos sei o que não é. E analisando os fatos dessa madrugada bizarra, concluo definitivamente que aquilo nada tem de paixão. Tout bien, quem sou eu pra criticar as opções alheias. Termino este relato declarando que a lua, a neblina e as nuvens podem mudar do preto pro branco as relações que nos permeiam.